49 óbitos por
malformação congênita, 5 casos confirmados tem relação com o Zika vírus.
O Ministério da Saúde distribuirá 500 mil testes
para realizar o diagnóstico de PCR (biologia molecular) para o vírus Zika. Com
isso, os laboratórios públicos ampliarão em 20 vezes a capacidade dos exames,
passando de mil para 20 mil diagnósticos mensais. As primeiras 250 mil unidades
serão entregues, em fevereiro, inicialmente para 27 laboratórios, sendo quatro
de referência e 23 Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACEN). A previsão é
que os outros 250 mil testes estejam disponíveis a partir do segundo semestre.
No total, o Ministério da Saúde investiu R$ 6 milhões para a aquisição dos
produtos.
“A ampliação da capacidade de testagem do Zika
permitirá maior representatividade e segurança para que sejam estudadas as
tendências do vírus. Quanto mais amostras forem analisadas semanalmente, mais
informações teremos para avaliar o modelo de vigilância do Zika e assim
realizar adaptações, caso necessário”, ressaltou Cláudio Maierovitch, diretor
do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da
Saúde.
A recomendação do Ministério de Saúde, conforme
Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia, é que sejam
priorizadas, para a realização do teste, mulheres grávidas com sintomas do
vírus Zika, gestantes com bebê microcefálico, além de recém-nascidos com
suspeita de microcefalia.
O novo informe epidemiológico divulgado nesta
quarta-feira (20) pelo Ministério da Saúde indica 3.893 casos suspeitos de
microcefalia. As notificações foram registradas até 16 de janeiro e ocorreram
em 764 municípios de 21 unidades da federação. O boletim aponta o detalhamento
dos casos confirmados e descartados. Do total notificado, 224 tiveram
confirmação de microcefalia, 6 confirmaram a relação com o vírus Zika e outros
282 foram descartados. Continuam em investigação 3.381 casos suspeitos de
microcefalia.
No total, foram notificados 49 óbitos por
malformação congênita. Destes cinco foram confirmados para a relação com o
vírus Zika, todos na região Nordeste, sendo um no Ceará e quatro no Rio Grande
do Norte. Além destes casos, a divulgação traz também o resultado da
investigação laboratorial de um bebê com microcefalia em Minas Gerais, que teve
a relação com o Zika diagnosticada. Esta é a sexta confirmação da relação da
doença com o vírus. Esses resultados somam-se às demais evidências científicas
obtidas em 2015 e reforçam a hipótese de relação entre a infecção pelo vírus
Zika e a ocorrência de microcefalia e outras malformações congênitas.
De acordo o informe, o estado de Pernambuco
continua com o maior número de casos suspeitos (1.306), o que representa 33% do
total registrado em todo o país. Em seguida, estão os estados da Paraíba (665),
Bahia (496), Ceará (216), Rio Grande do Norte (188), Sergipe (164), Alagoas
(158), Mato Grosso (134) e Rio de Janeiro (122).
De acordo o informe, o estado de Pernambuco
continua com o maior número de casos suspeitos (1.306), o que representa 33% do
total registrado em todo o país. Em seguida, estão os estados da Paraíba (665),
Bahia (496), Ceará (216), Rio Grande do Norte (188), Sergipe (164), Alagoas
(158), Mato Grosso (134) e Rio de Janeiro (122).
Atualmente, a circulação do Zika é confirmada por
meio de teste PCR, com a tecnologia de biologia molecular. A partir da
confirmação em uma determinada localidade, os outros diagnósticos são feitos
clinicamente, por avaliação médica dos sintomas. Até o momento, estão com
circulação autóctone do vírus Zika 20 unidades da federação. São elas: Distrito
Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso,
Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco,
Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.
O
Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a
presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros,
e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas
ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes
permitidos para gestantes.
·
Total de casos
notificados segundo definições em (2015/2016)
·
REGIÃO NORDESTE: (3402)
·
Maranhão (132)
·
Casos destacados
para microcefalia relacionada à infecção congênita (214)
·
Tocantins (82)
Fonte:
http://portalsaude.saude.gov.br/